sábado, 28 de fevereiro de 2015

Nome aos carneiros

todos meus poemas têm nome
como filhotes, difícil chamar de qualquer
por mais bizarros que sejam
infortúnios numerológicos
são meus
(filhos, irmãos, confidentes sem parentescos)
e seus
sem agradecimentos
sem bastardos
assumo tudo e todos
até clonagem assumo
até quando pulam a cerca
e abandonam

Heresias

a Poesia, essa vadia
não que eu menos puto

metematico

vou de retro Satanás

e sou laçado novamente
assim sendo também crente

oro horrível
por mais

Extensão do Tempo

estendendo
tuas calcinhas
e pensando
em todas as vezes
em que tirarei da máquina
e extenderei

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Disforia

lunáticos ao Sol
alforria dos humores
soltos a céu aberto
contradança ciclotímica

contra óbvias receitas felizes
contra goviernos emocionais alheios
meus fluidos evoluem pelo salão
e levantam as saias de súbito

terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Hegeliana

oitavante
teleologicamente
onanon
umantra
matriz
um
om

em
atriz

quespirala
roda e gira
rouba costelas de máscaras
mete a língua adentro

Rotinerário

bons dias
de vozes e humores graves
severidades se veem
num vislumbre o nublado em cima
de mim

eu acordo molhado

Turbulência

como nos desenhos
você dá passos de Cristo sobre o Abismo
completamente fisgado se pergunta

se sabe voar

de repente


revolve

Ideia de carne (viva)

selar um insight
confirmar num feito
porque quilo
pensamento viro
proteico muslo

ação que vale mais
que mil ações
em baixa

(rotação)

Santa Efigênia

de olhos de vidro
o sommelier de pequenas pedras
dá rasteiras nos passantes
e desculpa-se com espasmos
do ágil zumbi que quer leds